Claudio Santoro


Claudio Franco de Sá Santoro (*23/11/1919 - + 27/03/1989)
Nascido em Manaus, ainda menino começou a estudar violino e piano, e seu empenho fez com que o Governo do Amazonas o mandasse estudar no Rio de Janeiro. Aos 18 anos, já era professor adjunto da cátedra de violino do Consergvatório de Música do Rio de Janeiro.
Em 1941 passou a estudar com Hans-joachim Koellreutter, integrando também o grupo de Música Viva, do qual se tornou um dos nomes mais ativos, ao lado de Guerra Peixe. Passou a adotar o Dodecafonismo como técnica de composição, sendo um dos mais radicais críticos do meio musical brasileiro.
Em 1948 teve recusado seu visto para ir aos EUA como bolsista, como segunda opção, foi a Paris para estudar com Nádia Boulanger. Durante sua estadia na Europa, participou, como delegado brasileiro, do II Congresso Mundial dos Compositores Progressistas em Praga, na então Tchekoslováquia. Neste congresso foi apresentada oficialmente a doutrina soviética do Realismo Socialista aplicada à música, da qual Santoro passou a ser praticante, defensor e divulgador no Brasil.
Já bastante conhecido, recebeu um prêmio da Fundação Lili Boulanger, em Boston. Entre os avaliadores estavam os compositores Igor Stravinski e Aaron Copland.
Claudio Santoro foi professor fundador do Deptº de Música da UnB (Universidade de Brasília). Faleceu em 1989, época em que exercia o posto de Regente Titular da Orquestra do Teatro Nacional de Brasília, atualmente a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro.

Outras Biografias.:

Claudio Franco de Sá Santoro (Manaus, 23-11-1919 - Brasília, 27-03-1989) foi um dos mais inquietos e polivalentes músicos de nosso tempo. Menino prodígio, inspirado criador e brilhante intérprete, dinâmico organizador, lúcido pedagogo e incansável pesquisador, desenvolveu nacional e internacionalmente intensa atividade como compositor, regente, professor, organizador, administrador, articulista, jurado, representante brasileiro em conferências e organizações internacionais, tendo sido convidado de diversos Governos e instituições estrangeiras.

Foi distinguido com os seguintes Prêmios: Orquestra Sinfônica Brasileira (1943), Chamber Music Guild de Washington e RCA Victor (1944), Interventor Dornelles (1945), Guggenheim Foundation Fellowship (New York, 1945), Governo Francês para estudos de pós graduação em Paris (1947), Lili Boulanger (Boston, 1948), Berkshire Music Center (Boston, 1949), Medalha de Ouro da Associação de Críticos Teatrais do Rio de Janeiro (1950), numerosos prêmios para trilha sonora de filmes, inclusive o Estadual de São Paulo e Medalha de Ouro da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (entre 1951 e 1958), Internacional da Paz (Viena, 1953), Saci (Oscar brasileiro, 1954), Estado de São Paulo (1959), Teatro Municipal do Rio de Janeiro (1960), Ministério da Educação e Cultura (pela inauguração de Brasília -1960), Associação Jornalistas de Brasília (1964), Jornal do Brasil (1965), Melhor Obra do Festival da Guanabara (1970) Governo do Estado do Rio (1973), Golfinho de Ouro (1977), Moinho Santista (1979), Ciccilo Matarazzo (1985), Shell (1985), Lei Sarney (1987).

Recebeu as seguintes condecorações: Governo do Amazonas (1969), Bundesverdienstkreuz (Rep. Federal Alemã, 1979), Medalha do Mérito do Estado do Amazonas (1982), Ordem do Rio Branco (1985), Ordem do Mérito de Brasília (1986), Governo da Bulgária (1986), Governo da Polônia (1987), Ordem do Mérito do Alvorada (1987), Governo da França (póstumo, 1989). E a Câmara Legislativa do Distrito Federal – através de projeto da Deputada Lúcia Carvalho – concedeu-lhe o titulo de Cidadão Honorário de Brasília, em sessão solene realizada no Teatro Nacional Claudio Santoro em 01-08-2003 e a Universidade de Brasília concedeu-lhe o título de Doutor Honoris Causa em 19-10-2005.

Convidado pelo Governo da República Federal Alemã para o Programa "Artista Residente de Berlim Ocidental (1966/7) e pela Fundação Brahms para Artista Residente da Casa de Brahms (Baden Baden), entre os cargos desempenhados, títulos e atividades destacam-se:

Fundador e Maestro Titular das Orquestras de Câmara da Rádio MEC e da Universidade de Brasília, das Orquestras Sinfônicas da Rádio Club do Brasil e do Teatro Nacional de Brasília; Professor Titular, Coordenador para os Assuntos Musicais, Diretor e Organizador do Departamento de Música da Universidade de Brasília; Presidente da Ordem dos Músicos do Brasil (Seção Brasília); Diretor Musical da Fundação Cultural do Distrito Federal; Membro do Conselho Diretor do Conselho Interamericano de Música (O.E.A); Organizador e Diretor do Centro de Difusão e Informação para a música da América Latina junto ao Instituto de Estudos Comparativos da Música e Documentação (Berlim Ocidental); Membro da Academia Brasileira de Música, da Academia Brasileira de Artes e da Academia de Música e Letras do Brasil, da qual foi Presidente. Entre 1970 e 1978 foi, por concurso, Professor de Regência e Composição, Diretor da Orquestra e do Departamento de Músicos de Orquestra da Escola Estatal Superior de Música Heidelberg Mannheim, na Alemanha Ocidental.

Regente convidado das mais importantes orquestras do mundo Filarmônica de Leningrado, Estatal de Moscou, RIAS Berlin, ORTF Paris, OSSODRE Montevidéu, Beethovenhalle Bonn, Sinfônica da Rádio de Praga, Filarmônica de Bucarest, Sinfônica de 0 Porto, Filarmônica de Sofia, PRO ART (Londres) Île de France (Paris), Sinfônica da Rádio de Leipzig, Sinfônica de Magdeburg, Filarmônica de Varsóvia etc. alem de todas as Orquestras brasileiras.

Claudio Santoro faleceu em Brasília a 27 de março de 1989, regendo, durante o ensaio geral do 1º concerto da temporada, que seria em homenagem ao Bicentenário da Revolução Francesa. Sua atuação a nível artístico, educacional e político foi marcante e influenciou várias gerações, tendo dado vida a inúmeras organizações de caráter musical ou cunho pedagógico e fisionomia a instituições de ensino e até mesmo a cidades.

Após sua morte, o Governador Orestes Quércia (SP) baixou decreto dando ao Auditório de Campos de Jordão o nome de Claudio Santoro. A Prefeitura de Uberlândia deu seu nome a uma praça e a Prefeitura de Cascavel também assim denominou sua Sala de Espetáculos. E a 1º. de setembro de 1989 o Senado Federal - através de projeto do Senador Maurício Correia, aprovado pela Comissão do Distrito Federal - promulgou Lei que denomina de Teatro Nacional Claudio Santoro o até então Teatro Nacional de Brasília.

Em sua homenagem, e destinada a se ocupar das artes em geral, foi criada em Brasília em 1995 a Associação Cultural Claudio Santoro - cujo primeiro Presidente foi o insigne amazonense, Senador Bernardo Cabral - atualmente presidida pela pianista e profa. dra. Jaci Tofano.

Algumas interpretações de "Acalanto da Rosa"


Tenor: Aldo Baldin
Piano: Lilian Barreto



Maria Lúcia Godoy canta "Acalanto da Rosa" (Claudio Santoro/Vinícius de Moraes). Imagens que contam e brincam com a história de Ophelia e Hamlet.


Ana Durañona Soprano
Marcelo Ayub Piano


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