Se Deus cantasse, teria a voz de JESSYE NORMAN


Esta fraze foi escrita pelo ator Sidney Poitier.
Cheio de inpiração.
Como eu, ele deve ter ficado irradiado com tanta beleza, expressão e alma!

Jessye Mae Norman, nascida na Geórgia – EUA, em 15 de setembro de 1945, é uma das mais admiradas Divas da ópera norte-americana, ganhadora de quatro prêmios Grammy e vencedora do Kennedy Center Honor, o prêmio de artes cênicas mais importante dos Estados Unidos. Segundo ela, um dos momentos mais emocionantes de sua trajetória artística foi a apresentação na cerimônia de comemoração aos 200 anos da Revolução Francesa, a convite do próprio presidente daquele país.
Norman é um verdadeiro soprano dramático com presença majestática no palco. Grande intérprete de papéis fortes, como Aída, Alceste e Leonora (Fidélio), é admirada por sua expressividade e seu fantástico entendimento intelectual do estilo de cada música. Como intérprete, é conhecida por sua magnética e dramática personalidade, bem como por sua imponente presença física.
Como várias cantoras líricas negras, Jessye Norman revelou seu talento, ainda criança, cantando música gospel em igrejas evangélicas. Aos nove anos, ouviu ópera pela primeira vez, pelo rádio, e logo se tornou fã do gênero. Suas fontes de inspiração foram as também cantoras negras Marian Anderson e Leontyne Price (que ainda apresentaremos aqui em em nossa página).
Normam chama a atenção pelo grande poderio vocal. É o tipo de voz que ocupa todos os espaços de uma sala, teatro ou teatrão. Mas não porque o volume da voz seja muito alto, como acontece com alguns cantores. A voz de Jessye Norman é plástica. A emissão é favorecida pelo seu tipo físico, sobretudo pelos pulmões poderosos, pelo rosto largo, que ampara e projeta o som, e pela bocarra que ela abre como uma trompa. A voz ganha o espaço sem obstáculos, sem sons destorcidos, anasalados ou guturais.
A plasticidade de sua voz é capaz também de emitir pianíssimos absolutamente limpos e de construir fraseados quase perfeitos. Um bom exemplo está nesta magnífica interpretação de Deep River, acompanhada apenas por órgão, no famoso concerto de 1990 no Carnegie Hall. É, talvez, a mais bela versão desse Spiritual. Repare que, em determinada passagem, a voz de Norman se integra, se funde com o som do órgão.


Fontes:
http://blogln.ning.com/profiles/blogs/xii-os-sopranos-jessye-norman


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